Há mais de 500 anos essas terras eram ocupadas por comunidades originárias, com uma grande diversidade de costumes, hábitos e tribos, algumas contando com milhões de habitantes, verdadeiros impérios em meio às florestas tropicais e equatoriais deste enorme continente, de norte a sul. 

Mas tudo isso mudou com a chegada das invasões bárbaras, exploradoras europeias, literalmente e figurativamente, porque possuem grandes barbas e porque eram realmente seres cruéis em busca de riquezas e fariam de tudo para consegui-las, explorando a todas e oprimindo a todas, principalmente por não considerarem as populações locais como pessoas como elas, como iguais.

Realmente nesses últimos 500 anos, devastaram todas as culturas, dizimando-as na através da violência generalizada em pioneirismo genocida só comparável aos grandes massacres modernos dos governos totalitários russos, alemães etc. Essas pessoas bandoleiras portuguesas e espanholas, seguidas depois por francesas, inglesas, holandesas e russas, trouxeram até a guerra biológica através da disseminação de doenças entre os povos originários do enorme continente. Esses invasores tiveram a petulância de dizerem que haviam descoberto as terras e que a elas pertenciam por conta disso.

A invasão bárbara escravizou e trouxe escravos de outros continentes para serem  primidos em trabalhos tenebrosos.

Passados séculos de extermínio sistemático, alguns desses povos ainda sobreviveram e procuram manter viva a chama de suas culturas. Mas a gana do passado invasor corre nas veios das pessoas descendentes das bárbaras invasoras e querem exterminar até a última remanescente daqueles povos originais.

Mais nenhuma terra deve ser tirada dos povos originários, afinal se é uma questão de ocupação, são desses originárias as terras nas quais pisamos. 

 Pelo viés anarquista, a terra é, assim como água e o ar, bens coletivos, de uso comum, de propriedade de uso, inexistindo a propriedade de posse em nossos meios. E isso se estende nos meios urbanos, as megas construções que tem removido milhares de famílias de seus humildes lares, a base da violência peculiar do Estado autoritário que atende apenas aos interesses do capital, de seus mandatários de gravata, grandes gananciosos que só sabem lidar com cifras e cifras, assim como seus ancestrais bárbaros faziam.

Nenhuma indenização a qualquer pessoa fazendeira, latifundiária, mantenedora de uma herança de exploração e opressão, juntas as pessoas empresárias e toda a lógica do capital.

Abolir todas as propriedades de posse, mantendo a propriedade de uso direto de cada pessoa, é uma necessidade urgente.

Na luta somos dignas e livres!

A Barbárie da “Civilização”
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