Conservar e mudar estão sempre em uma frenética dança, ora se harmonizando, ora se hostilizando.
Grupos no poder, no controle das coisas dificilmente aceitam o mudar, principalmente quando não percebem que terão vantagem nesse mudar ou pior, perderão o controle e o poder. As mudanças para esses grupos só podem ocorrer dentro de uma margem segura de manutenção do status quo que possuem. Essa forma de lidar com as coisas é o que podemos chamar de conservador neste aspecto social, econômico e político.
Observe o que está acontecendo no mundo do trabalho neste começo de século XXI.
Com o avanço muito rápido de novas tecnologias em diversas frentes, muitos trabalhos estão em extinção enquanto novos trabalhos surgem. Como a ganância e ambição do sistema capitalista tomou o mundo todo de forma aterradora e catastrófica, estamos prestes a um colapso humano inimaginável em meio aos maiores avanços tecnológicos de todos os tempos. No meio do trabalho, todos os avanços legislativos conquistados por muitas lutas e sacrifício de milhões de pessoas trabalhadoras estão em processo de desmonte pelo os conceitos liberais, neoliberais ou como disfarçam no momento, de “ancap”.
E isso atende ao processo de manutenção das estruturas de poder e controle dos grupos poderosos. Esses grupos nem sempre se entendem, o que é natural, dado que o capitalismo é ganância e ambição, é o esquema de pirâmide em escala planetária em que as pessoas exploradas e oprimidas estão de fora faz muito tempo. Escrito isto para que é possível que uma parte desses grupos de controle e poder aceitem alguma mudança, desde que sejam aquelas pessoas que controlam essas mudanças e que assegurem que continuarão a receber os lucros, os roubos que cometem de forma impune e constante.
Mudanças mais profundas e radicais que mexam com essas estruturas simples de mando e obediência, não é aceito, é combatido.
As poucas memórias preservadas de nossa gente oprimida e explorada mostra que o caminho de nossa libertação em relação a esse conservadorismo capitalista é pela luta, pela contestação e resistência ao processo de roubo legalizado que é o capitalismo em todas as suas formas.
Na luta somos dignas e livres!

Dança da mudança e conservação
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