Em 1886, aconteceu em Chicago (EUA) uma grande manifestação a favor de 8 horas de trabalho diário. Era que naquele período a jornada de trabalho variava de acordo com os patrões com apoio do Estado, o que tornava normal jornadas de 10, 12, 14, 16 até de 24 horas de trabalho contínuo. Depois de 128 anos, tudo continua a mesma coisa, o que é muito triste para nossa gente oprimida e explorada!

Além da jornada ser extensa, ela era aplicada as crianças, aos idosos e as mulheres e recebiam salários abaixo dos homens. Outro fato que 129 anos depois também ocorre em nossa sociedade, o que mostra nossa situação miserável, que embora enormes lutas, não se anda em sentido da emancipação social das pessoas oprimidas e exploradas!
A situação era muito difícil (continua!). Os sindicatos anarquistas organizaram uma manifestação no final de abril para denunciar a situação e padronizar 8 horas como jornada diária. Era uma paralisação geral de várias fábricas, o que levou milhares de pessoas as ruas, em Chicago reuniu cerca de 200 mil pessoas.
Tudo isso era considerado uma ameaça para os patrões e para o Estado, os quais providenciaram as forças policiais armadas para conter e acabar com o movimento. Os comícios juntavam cada vez mais gente e centenas de policiais faziam o clima pesado e tenso. Não se sabe bem como começou, uma bomba explodiu perto da força policial, e o confronto entre a policia e os manifestantes aconteceu, deixando centenas de feridos e vários mortos. É claro que a culpa dessa tragédia ficou para 8 representantes sindicais e anarquistas, os mais destacados nos comícios. Enforcados em tempo recorde com provas falsas, foram pouco depois inocentados, infelizmente tarde para 5 deles.
Atualmente, quem são as pessoas exploradas e oprimidas?
Provavelmente você e eu, nós. Sim, exploradas são todas as pessoas que não recebem ou recebem abaixo do que produzem.
A maioria da população está nesta condição, recebem abaixo do que precisam para viver dignamente.
Pessoas oprimidas são todas aquelas impedidas pela força, pela ignorância, de agirem diretamente sobre o que lhe interessam em busca de uma vida melhor.
A opressão como violência ocorre em todos os lugares (dentro de casa, na escola, na rua, no lazer, no emprego, na igreja, etc) feita por qualquer um (o pai, a mãe, o esposo, a esposa, o patrão, o padre, o pastor, o policial, o político, a professora etc)
Repetimos que nesses 129 anos, a jornada de trabalho continua cada vez mais longa e recebemos cada vez menos por isso. Mulheres e crianças são abusadas e recebem menos ainda pelo o trabalho feito. Os patrões, empresários e o Estado pressionam para que isso seja normalizado através da “flexibilização do trabalho” e “terceirizações”, o que vale dizer, nosso esforço, nossa produção seja cada vez maior e recebamos cada vez menos por isso.
E isso ocorre no mundo inteiro para bilhões de pessoas, que perdem a dignidade da vida e passam por necessidades para agradar uma minoria prospera que possuem as riquezas que produzimos.
Nós, pessoas exploradas e oprimidas unidas em busca de justiça e liberdade. É o caminho que propomos, que seguimos. Com justiça de fato, de respeito entre iguais (é desnecessário Estado, portando)  pelo fim da exploração. Com liberdade, denunciando a educação e moral autoritária que nos oprime.
O Primeiro de maio é dia de união, reflexão e ação por justiça e liberdade!

Primeiro de Maio, memória de luta das pessoas trabalhadoras!