*Pessoas que estudam a anarquia, mas geralmente não praticantes da anarquia.

A própria dinâmica da anarquia, sem opressão e sem exploração gera transformações individuais e coletivas.

Nos últimos anos temos trilhado propostas que buscavam uma união entre propostas anarquistas diversas. E que nos resultou que a experiência e vivência entre simpatizantes da anarquia necessitam de uma comunicação maior, mais objetiva e direta, transparente e acessível a todas as partes envolvidas.

Mais do que isso, percebemos que em vários momentos, o respeito entre as práticas e realidade diferentes foram substituidas por conjavos e práticas partidárias, por ações impositivas. Como se percebe de forma clara, oposto as bases de liberdade, igualdade e justiça da anarquia.

Para nossa união de pessoas anarquistas é muito importante cada ação, por mais pequenas que sejam, são pautadas pela qualidade e coerência com nossos fundamentos éticos e morais anárquicos.

Frisamos que não somos anarcologas e muito menos somos academicas.
A construção de nossa identidade temporal e dos fatos dos quais estamos envolvidas é de nossa responsabilidade. Nenhuma pessoa anarcologa, por mais simpática que seja do “objeto de estudo anarquia”, será nossa voz ou determinará isso ou aquilo com “ismos” classificatórios em teses empoeiradas ou para livros de fã clube encomendados para feiras temáticas onde um publico hipster poderár completar sua coleção.

Nem estamos negando a importância da ciência, da metodologia cientifica aqui. Temos a plena convicção de que a ciência pode contribuir muito para a prática da anarquia.

O que estamos marcando aqui é o fato de que um rompimento social revolucionário de perfil anárquico está diretamente associado a uma construção da cultura social popular pelas pessoas oprimidas e exploradas em busca de sua emancipação geral. Esse protagonismo não poderá ser tirado ou apagado por qualquer usurpação dos partidos, das acadêmias, dos Estados, das patronais ou qualquer pretensão de tirania.

Anarquia é indomável, na luta somos dignas e livres!

Texto da publicação Anarkio Verão de 2019

Não somos anarcologas*!
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