Há neste começo de século XXI, uma triste tendência de grupos e pessoas extremamente autoritárias assumirem cargos importantes de controle.

Podemos ver nisso a ampliação e disseminação de conceitos conservadores que até então estavam recuados por conta de uma onda de ampliação dos direitos sociais e maior participação de grupos progressistas, muito presente até o fim do século XX.

Na medida que esses grupos políticos moderados chegam ao limite de suas atuações e não satisfazem as necessidades e desejos de muitos grupos sociais, principalmente dos grupos privilegiados que sempre pressionam para serem ainda mais privilegiados, estes grupos apostam em peças mais extremadas, mais inusitadas que saiam desse perfil “suco de pera”.

Essa aposta não foi no espectro esquerdóide institucional, uma vez que no Brasil, esse grupo estava no controle e foi defenestrado por sua própria incompetência e hipocrisia, que foram explorados por seus desafetos políticos.

Em política, vazios de poder rapidamente são preenchidos, no caso por um discurso extremamente moralista e conservador, que podemos agora entender também como mentiroso, hipócrita e ignorante.

Algumas novidades podemos encontrar nesse começo do século XXI, onde a influência de redes sociais virtuais e da disseminação maciça de noticias falsas para uma população com grandes limitações culturais e educacionais, levando a baixa interpretação critica das noticias e suas fontes, proliferando boatos e infâmias contra todas as pessoas que ainda possuam um pouco de bom senso e massa critica pensante.

Nesse ambiente de grande emotividade, de terror e pânico, a racionalidade foi colocada de lado. E para completar esse cenário, um grupo de pessoas tornam a expressão dessa situação, um grupo de pessoas que possuem uma visão de mundo estreita, limitada e por conta disso, limitante e buscam “messianicamente” resolver as questões da forma mais simples possível: o controle totalitário, um carta branca para abusarem da situação e impor suas receitas ditatoriais. Portam um discurso de discriminação por tudo que seja diferente, pregam o ódio e defendem o fim da ciência, mudando protocolos, deturpando e silenciando qualquer forma de fonte estatística que contradigam o que acreditam. Como todas que defendem isso, não o fazem de forma aberta, mas de forma covarde, num bate e assopra, para testar o limites, criar situações de desgaste para justificar um golpe e implementar uma ditadura, idolatrada em patriotismo made in USA.

Se afirmam nacionalistas, mas se ajoelham para a cultura do Tio Sam e copiam as péssimas práticas daquele país de profundas desigualdades sociais.

É um processo que se auto alimenta: pessoas proliferam preconceitos e ódios, atraem outras pessoas que sem uma formação cultural e educacional, são contaminadas com essas distorções de pensamento e as proliferam, sem reflexão e sem avaliação moral ou ética necessária para romper esse ciclo, reiniciando com mais pessoas arrebanhadas numa horda violenta de pessoas hipócritas. E para sacramentar esse processo, algumas delas se destacam e serão as lideranças míticas que se destacam pela ignorância suprema e um discurso de ódio elevado a uma alta potência de cinismo e falta de caráter, temperada com uma linguagem vulgar e cheia de perversidade.

Essas pessoas farão de tudo para se manterem no controle, promovendo enxurradas de mentiras e ações que atendam a manutenção da farsa que montaram: roubos e mentiras, regados a ameaças e ações ridículas que causariam muitos risos se comédia fosse, mas é uma lamentável tragédia que nos silencia.

Cabe nos organizarmos a fim de enfrentar esse desastre ditatorial que exala cheiro de mais morte e mais sofrimento sobre nossa gente.

Na luta somos dignas e livres!

Como nascem pessoas ditadoras
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