Educar, Organizar, Emancipar! Bem Estar e Liberdade!

Esses são os desígnios usados nos EUA e no Brasil e que são atuais como eram a 100 anos atrás.

Existe uma história de opressão e exploração que deixam claro a necessidade imperativa de uma educação onde a memória de luta de todas não seja re jogado de lado num discurso evolutivo e nem que se menospreze nenhuma delas, seja dos animais, das crianças, das mulheres, das pessoas homoafetivas, negras, indígenas. 

Não há como negar que cada sofreu e sofre diariamente uma grande opressão velada ou não acobertada por um suposto estado de direito democrático, mas que na prática, é um estado de direito censitário, onde apenas aqueles que possuem recursos financeiros obtêm vantagens. A exploração e opressão são realmente democráticas quando o que prevalece é o poder aquisitivo, mostrando que não importa quem faça a violência, seja um homem, seja uma mulher, seja uma pessoa negra, seja uma pessoa idosa, seja jovem, seja uma pessoa homoafetiva, tendo capital e recursos, poderá exercer seu poder sobre outrem sem muita dificuldade.

Se lembrarmos bem, em nossas lutas, o anarquismo sempre esteve e está com todas as pessoas oprimidas e exploradas. Não havia porque separar as lutas e não há. E isso não significa omitir o passado histórico de lutas determinadas, e sim respeitá-las como um todo que são. Se entramos nos caminhos de uma especialização das lutas podemos não conseguir voltar e tendemos a ver, iludidas, que a nossa luta seria a mais importante e fundamental.

Por todas serem essenciais é que não podemos simplesmente exercer mais uma do que outra e sim, dentro de um espírito de apoio mútuo, nos ajudarmos contra todas as explorações e opressões.

Que as diferenças sejam elos de união e não de divisão.

Esse respeito é igualitário e fundamental para dar força a um processo de ruptura com as violências e surgir uma emancipação total, sem novas pessoas dominadoras ou opressoras. O maior risco aqui seria que um determinado grupo ascendendo ao poder e por ser o mais “oprimido e explorado” em seu entendimento histórico, seria o derradeiro grupo, como diziam as pessoas marxistóides, e achavam isso ao apontar as pessoas proletárias como tal grupo redentor, formando a “ditadura do proletariado”, a derradeira organização social, porque não haveria ninguém mais abaixo delas. 

O fato é que dentro do próprio proletariado havia graus de relações de opressão e exploração, tão cruéis como foram submetidas por outros grupos, e que não foram superadas com o advento do “capitalismo de estado”, resultando em um autoritarismo cruel, nas várias experiências que vivemos no século XX.

Tenhamos presente pois os desígnios da Associação Internacional das Pessoas Trabalhadoras que adaptamos “A nossa emancipação é nossa própria obra”. Nesse sentido, lutemos, unidas!

Na luta somos dignas e livres!

A luta de todas por emancipação
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