A natureza do trabalho está mudando neste começo do século XXI. Os grupos de controle econômico baseados no capitalismo, em todo o mundo, estão muito mais vorazes e se sentem muito mais seguros em oprimir e explorar cada vez.

Cada vez mais, temos outras definições das pessoas trabalhadoras, como pessoas autônomas, terceirizadas (pessoa jurídica, sigla PJ), estagiárias, colaboradoras etc. Nada mais natural que a linguagem em volta deste trabalho também se transforme, modelando o consagrado roubo/lucro máximo as tendências do momento.

Um conceito iniciado no final dos anos 90 do século passado é das pessoas trabalhadoras designadas como “colaboradoras”. A palavra colaborar significa cooperar (ajuda mútua) para que algo fique pronto ou seja realizado; contribuir, auxiliar. Levando em conta este conceito genérico, todas as atividades realizadas em conjunto necessitam de predisposição, boa vontade, colaboração e esse é um dos elementos naturalmente presentes na relação de emprego. As forças patronais e empresariais buscam, através de seus Rhs, uma maior eficiência de produção por meio da adesão psicológica das pessoas trabalhadoras/empregadas.

O processo degradante do trabalho assalariado, que mantém as pessoas trabalhadoras exploradas e oprimidas, mesmo produzindo riquezas, precisa ser suprimido da consciência dessas pessoas. Na medida que elas deixam de entender o quanto são roubadas e que perdem sua vida para manter um sistema injusto, elas se tornam mais “colaboradoras” desse sistema. Não basta o roubo da produção de riquezas das pessoas trabalhadoras, elas precisam sorrir, apoiar, colaborar para a manutenção dessa condição.

Esse tipo de violência psíquica, um assédio moral necessário para o sistema se manter funcionando. Enfatizamos a importância do sucesso da exploração e opressão entre seres vivos é sua capacidade de manter a população feliz em colaborar em serem exploradas e oprimidas. Isso é terrível, necessita de medidas de resistência e uma ação solidária entre todas as pessoas trabalhadoras para colaborarem ativamente pelo fim da exploração e opressão.

Na luta somos dignas e livres!

As colaboradoras
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