Filha de mãe mexicana e pai índio, ou, segundo alguns pessoas pesquisadoras, filha de escravos do Texas, Lucy Parsons foi uma ativa militante operária e anarquista americana. Aos três anos de idade ficou órfã, e desde então foi criada por um tio no Texas.Em 1870 conhece Albert Parsons, uma pessoa ex-soldada confederal que, de republicano radical se tornou, tempos depois, militante anarquista.

Devido ao casamento inter-racial, foram forçadas a sair do Texas e, em Chicago,começam a participar do movimento sindical em desenvolvimento.Em 1878 passa a colaborar no jornal O Socialista, iniciando sua atuação como escritora e agitadora. Em 1883, Lucy está entre as pessoas fundadoras da International Working People ́s Association (IWPA), organização anarquista internacionalista que propunha o uso da ação direta, e, entre outros pontos, a igualdade das mulheres e das negras. Participou ativamente desta organização, colaborando também no seu jornal, O Alarme.

Em seus artigos, defendia a ação direta contra os ricos e poderosos, e tratava em muitos da questão do racismo e da discriminação, colocando a necessidade de que as negras se integrassem à luta contra o capitalismo. Em 1886 a IPWA esteve envolvida na organização da greve geral em defesa das 8 horas de trabalho no Primeiro de Maio,que desencadeou as manifestações na Praça Haymarket, e o conhecido processo dos Mártires de Chicago. Entre as pessoas operárias anarquistas mortas estava a sua pessoa companheira, Albert Parsons, que foi enforcada em 11 de novembro de 1887. Em 1905, participou da fundação da IWW (Industrial Workers of the World), confederação sindical revolucionária, e colaborou no jornal O Libertador.

Com o avanço do nazi-fascismo, nos anos 30, adere ao comunismo. Lucy morre em 1942, em um incêndio em sua casa; a polícia apreendeu seus livros e documentos pessoais após o incêndio.

Lucy Parsons
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