Nada mais de espera, mentiras e promessas vazias de quem sempre nos explorou e oprimiu. 

É na autogestão e ação direta que se dará a mudança necessária para a diminuição e fim das desigualdades entre os seres vivos de todo o planeta. A cada momento de nossa história, milhões destes seres vivos morrem ou agonizam pelos danos de uma competição gerada pelo capital e os benefícios gerados por milhões de pessoas trabalhadoras vão para uns pouca pessoas privilegiadas em todo mundo. 

A cada momento, nosso planeta sofre mais e mais catástrofes criadas pelo modo de produção destrutivo que é o capitalismo (mesmo que se diga “verde” ou “sustentável”). Danos irreversíveis já são um fato com que temos que lidar, e vários outros estão na iminência de surgir. Estamos à beira da destruição de nosso planeta e os grupos elitistas se preocupam apenas em acumular mais e mais poder. Devemos afastar estas pessoas ineptas insaciáveis de tal poder. 

Dirigidos por grupos sociais elitistas vinculados em conservar e expandir as explorações a todos os outros grupos, os Estados atacam, prendem, matam, roubam a nós todas em nome de uma farsa chamada democracia. 

Só há uma democracia coerente com seu princípio original, a democracia direta, isto é, onde todas as pessoas participam de uma forma direta, sem intermediários. Qualquer outra forma é uma farsa e deve ser desmascarada como pseudodemocrática e execrada de nossos meios. 

O aumento das desigualdades sociais crescerá sempre, assim como a violência e repressão que isso gera. A resposta dos grupos dominantes é criar um abismo de repressão para a própria proteção e aumentar o roubo de que são guardiãs e herdeiras. Ladras e assassinas são os adjetivos mais apropriados para este grupo de pessoas exploradoras. 

Não queremos um reino perfeito e sim o mais justo possível. 

Justiça se faz com a participação de todas em tudo que interessa, na política, na economia, na sociedade, na educação, na ecologia e assim vai. Nada de especialistas monopolistas, saber mais não significa ganhar mais. 

Pertencemos a mesma sociedade e seu destino nos é comum. O destino de cada ser vivo é igual. Se um ser sofre, a sociedade sofre. 

Pensamos de uma forma diferente a sociedade por isso. A prática de participação significa parar todas as atividades, todas as áreas com discussões de todas em grandes assembléias e reuniões abertas. Ou a comunidade para e participa como um todo que é ou continuará a sofrer com a dominação de uma parcela ínfima da sociedade que se pensa “mais democrática”. 

Não toleramos tanta desigualdade e nem temos estômago para entender que isso é “normal ou natural”. Somos permanentemente curiosas e estudiosas. Isso nos leva a raciocinar de uma forma crítica e com ela desconfiamos da propaganda e das informações que nos chegam. O fato é que nossa gente é desavergonhadamente enganada pela elite dominante. Lutamos contra os gigantes do capitalismo que querem sempre novas seres escravizadas que consumam o lixo que criam sem cessar. JÁ CHEGA! 

Não temos a pretensão de ser a verdade suprema ou ter um dogma inquestionável. Lutamos por justiça para todas nós. 

As pessoas fracas e os oprimidas aumentam em milhões a cada minuto. Isso é inaceitável em uma economia que produz muito, mas restringe a sua distribuição. Preferem ver estragar a produção a distribuí-la. É a lei desse modelo econômico mesquinho e ganancioso!  

Temos ideais de liberdade e igualdade. 

Queremos justiça aqui e agora e na Terra. Temos estes ideais e por ele morremos se for preciso, isso é melhor do que viver sem ter um. Não somos iludidas ou fanáticas utopistas.

Queremos ordem a este caos chamado capitalismo. Queremos uma organização horizontal, socialista e libertária. Por isso morremos se for preciso. Milhares antes de nós já morreram por essa causa e sabemos que, infelizmente, muitas ainda terão que morrer para que o triunfo de nossas idéias se complete e se completará ao fim desta longa jornada. Companheiras e irmãs avante que a luta é árdua e as pessoas inimigas implacáveis! 

A repressão, o domínio das elites não é pleno, ou não conseguiríamos nos erguer após cada golpe duro que nos infringe. Nós nos levantamos mais determinados, perseverantemente, teimosamente após cada queda. Sabemos que nossa queda é pequena, que esse sacrifício é nossa contribuição às gerações futuras e é como vamos nos redimir com as gerações passadas. 

Agimos diretamente, política simples e sem rodeios. Clareza a todas, a todas o respeito como seres vivos e a humildade entre todas. 

Não nos curvaremos a nada além disso.  

Nossa utopia é o pesadelo dos grupos políticos, religiosos, militares, empresariais e patronais porque terão que trabalhar como qualquer uma, sem nada a mais, sem nada a menos.  

Devemos mostrar que cada pessoa política é um ônus a sociedade e mais ainda a nossa gente que tanto enganam impiedosamente com suas promessas vazias e esperas eternas. Somos seres políticos, não precisamos dessas pessoas vagabundas que se escondem atrás do parlamento e do Estado.  

Devemos mostrar que as religiões são iguais, cada uma com seus deuses e respeitáveis nesse sentido e só neste sentido que não significa roubar suas pessoas crentes ou engana-las, o que é imperdoável. 

Que as religiões deixem em paz os bolsos e o deus dinheiro e cuidem de suas teologias sem criar desigualdades sociais, religiosas e nem obstruir as liberdades de qualquer pessoa.

Devemos mostrar aos grupos militares que sua violência defensiva é uma ilusão e um árduo fardo para nós. Que são usadas e de que gostam disso, de ser o braço sujo de uma classe covarde que se esconde atrás de seus uniformes cheios de sangue oprimido. Que sua criatividade destrutiva seja mais útil no trabalho com nossa gente, deixando de matar nossas pessoas irmãs. Queremos comida para um exército de pessoas famintas, e não um exército que cria pessoas famintas e mortas. 

Sabemos nos defender muito bem sem um exército para atrapalhar e nos sufocar.

Na luta somos dignas e livres!

O princípio é a liberdade.
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