O Estado democrático funciona em defesa do Capitalismo. Esta proibido de questioná-lo seriamente. Tem existido muitos Estados diferentes que tem defendido outros interesses que não vamos falar.

O Capitalismo é um sistema de organização econômica baseado no beneficio privado como motor de funcionamento. São, portanto, a ganância, a avareza, a usura e a acumulação de riqueza nas mãos de particulares, os valores que promovem o sistema capitalista.

O capitalismo divide as pessoas em dois grandes grupos: as capitalistas possuidoras dos meios de produção (campos, fábricas, empresas), e a de trabalhadoras que servem por um saldo as pessoas capitalistas. O grupo das capitalistas controla os Meios de Produção excluindo delas as trabalhadoras, e assim exploram e roubam a maioria que trabalha, a que só cabe obedecer as ordens, ou ser despedida ou marginalizada ou destruída. A economia fica dessa maneira estratificada: umas tem muito, e outras tem pouco. A distribuição de riquezas é sempre desigual em um sistema capitalista.

As capitalistas (as vezes chamam a si mesmos de pessoas empreendedoras, empresárias, industriais, comerciantes, pessoas banqueiras… ) manejam o mundo através de suas empresas, multinacionais e corporações, cuja estrutura interna é hierárquica e autoritária. A chefia manda. A finalidade do Capitalismo é amontoar fortunas nas mãos das pessoas capitalistas que empregam e desperdiçam no que acharem melhor. Com isso obtém prestigio, poder e bem estar para si. Os mecanismos de que se valem para atingir isso, suas características e consequências, são descritos brevemente a seguir.

A acumulação primitiva. Pessoas Ricas e Pobres.
Expropriação da riqueza coletiva

Se no principio todas eramos iguais, como chegaram ao enriquecimento uma minoria de pessoas? Através da força e da guerra. Destruindo as oponentes. Tiranizando populações. As primeiras fortunas se fizeram através do roubo, da escravidão e do assassinato. As primeiras governanças e suas servidoras secundárias, foram lideranças, empreendedoras ricas graças a suas empresas de extorsão (arrecadadoras, sicárias, soldadas). A acumulação de riqueza nas mãos particulares continuou seu curso entre guerras, impérios e avanços tecnológicos.

No século XVIII se inicia a Revolução Agrícola, que incrementaria a produção de alimentos aumentando assim a população europeia. Em paralelo se ditam uma série de reformas legais destinadas a remover as terras das pessoas camponesas, enquanto começa a industrialização que da passo a Revolução Industrial. O resultado foi uma emigração em massa de trabalhadoras para as cidades, milhões de pessoas nos superlotados cortiços, mão de obra barata para as industrias, promiscuidade, epidemias, alta natalidade e curta esperança de vida para as pessoas trabalhadoras, que morriam como percevejos aos trinta ou quarenta anos: paludismo, carbúnculo, tuberculose, sífilis… Tudo isto ocorreu sobre coação. Os motins de trabalhadoras foram esmagadas pelas baionetas do exército. A Revolução Industrial do Capitalismo foi um massacre como nunca antes houvera. Jamais havia morrido tanta gente em toda a história da Humanidade. Quando as capitalistas falam dos custos e sacrifícios necessários da industrialização, se referem a essa matança de trabalhadoras. Toda a fabulosa riqueza que produziram essas pessoas, os foi expropriada e essa expropriação continua até hoje.

Classes sociais

O capitalismo e o Estado geraram de forma inevitável desigualdades, estratificam a sociedade e a dividem em grupos diferentes (classes), como mínimo de quem governam e as muitas que suportam o Governo. Há quem possuem os meios de produção, e há quem trabalha para as possuidoras e empreendedoras. Esta divisão é totalmente artificial, arbitrária. Não é efeito do destino nem do inevitável. É possível a troca dos papeis. Tu, que lê este livro, provavelmente pertencerás ao grupo que trabalhaa. Isso quer dizer que te vendes ou que tenderás a vender-se por um salário (o preço de teu trabalho) para poder viver. Tenderás que trabalhar, e se te pagará um salário. A palavra trabalho vem do latim, da palavra tripalium, que um instrumento de tortura. Essa tortura é o destino ao grupo das trabalhadoras, para maior glória do Capitalismo. Antes do Estado, a gente não trabalhava, nem estava dividida em classes, e se dedicava simplesmente a produzir para satisfazer suas necessidades, ou seja: a viver.

Propriedade privada

Princípios sagrado do capital é a propriedade privada, a que dizem que tem direito. Mas tua propriedade se reduz a uma série de objetos de consumo do que tens mais ou menos necessidade. Pouca coisa, na realidade, é o que podes possuir. Porque proprietárias de grande porte, capitalistas muito ricas, só podem ser um punhado de pessoas, uma minoria. Para que algmas sejam ricas, muitas tem que ser pobres, porque a riqueza só pode vir do esforço das pessoas trabalhadoras que a produzem… , e a continuação se acaba sem ela porque as ricas se vão. No mais, a riqueza se faz no contraste: onde todas são iguais ou parecidas, não há ricas nem pobres. O princípio da propriedade privada é legitimado na realidade por sua miséria e sua escravidão em dois passos: primeiro porque te exclui, te deixa de fora da riqueza acumulada durante gerações pelas trabalhadoras que te precederam; segundo porque te constringe, te limita o pouco (ou muito) que podes possuir. Houve tempo que não havia a concepção de propriedade, que apareceu no momento que houve acumulação de riqueza em bolsos particulares.

Dinheiro e Dinheiro Imaginário

O Capital usa como meio de troca e acumulação o dinheiro. Este simbolo pode apresentar-se nestes tempos em forma de objeto em que se um valor, como as moedas ou cédulas, ou melhor, de forma menos tangível, como anotações em contas eletrônicas nas que se marca um número que flutua por função de diversos fatores, como exemplo compras e vendas de produtos financeiros. Na sociedade capitalista não tem sentido para o Capital guardar grãos, mas sim dinheiro intercambiável por mercadorias (pisos, potes de doces, hipotecas, dividas) na função de seu preço.

O dinheiro é emitido por um Banco Central (estatal), que o empresta a outros bancos privados com um interesse ( o preço do dinheiro). Os bancos por sua vez o coloca em circulação pagando a capitalistas e trabalhadoras e aumentando o interesse por meio dessas anotações em conta, na confiança de que a gente não irá retirar seus fundos todo de uma vez. A única coisa que exigem aos bancos (por parte do Estado) é que tenham sempre disponível uma reduzida porcentagem desse dinheiro que pagam (em torno de 2%). A saber, que pagam um dinheiro que não tem, com o qual a quantidade de dinheiro imaginado que circula pelo mundo, é muito maior do que existe em forma material de cédulas.

Por outra parte, há que devolver ao banco o recebido, há que fazer retornar para o pagador mais dinheiro do que foi pago, mais dinheiro do que coloca em circulação, tenha esse lastro ou não, que normalmente não tem mais do que a porcentagem mencionada. Em definitivo, há de pagar esse crédito, o seu preço. Como chegar a produzir esse dinheiro? De onde sai a massa de crédito se todo o dinheiro circulante o lança no banco? Tenha ciência de que todo o dinheiro (que represente algo tangível) procede do que é produzido pelos trabalhadores, pois o trabalho é a única fonte de riqueza.

Por isso, o dinheiro dos créditos só podem vir da ruína de quem os perdem, de ganhar sobre o produtor não pagando pelo que produz, de pagar somente o indispensável do crédito e de novas emissões de dinheiro que por sua vez é emprestado para crédito…, com o qual a divida do endividado se faz eterna e aumenta mais.

Há, portanto, dois tipos de dinheiro. Um deles é o que você emprega para sobreviver, que poderíamos chamar de trocado, trocado para pagar o pão. Outro caso é o Dinheiro em maiúsculo, Dinheiro que é tão imaginário como os elfos e os anjos. Este é o dinheiro que circula através de computadores e telefones e pedidos de fax. Ela cresce e desaparece segundo os obscuros mecanismos da bolsa, inflação e especulação financeira. Esse dinheiro abstrato e intangível (tanto quanto Deus) é realmente importante. O dinheiro tem uma outra dimensão: a de separar claramente os que têm, para aqueles que nunca poderão ter. Para que haja uns poucas ricas, lembre-se sempre, deve haver muitíssimas pessoas pobres.

Valor e Preço

Além disso, deve-se distinguir entre valor e preço. Uma coisa é o que vale algo que nem sequer pode ser vendido. As coisas têm valor para nosso uso (um martelo para pregar um prego) ou pelo que temos de trocá-lo por outro item (o mesmo martelo trocado por uma chave de fenda). Isto é, as coisas têm valor, mesmo que não tenham preço.

Portanto, o preço vai por outro lado, e define com base em vários fatores, tais como a escassez, o desejo, a ansiedade, necessidade, a fome, a especulação … e sempre tendo como objetivo o lucro do vendedor … Por exemplo, falando em termos geológicos, para termos o petróleo foi necessário uma enorme quantidade de energia ao longo de milhões de anos. Compartimentos da matéria orgânica cobertos por enormes obras de terraplanagem, oceano que os cobrem e mares que desaparecem … O valor do petróleo é fabuloso. Comercialmente falando, um barril de petróleo representa milhares de horas de trabalho de uma pessoa (se lavrar um campo com uma enxada sem usar gasolina, demoraríamos muito mais). Mas seu preço é muito econômico conquanto que não seja renovável. Uma vez gasto, não voltará a ser produzido dentro de milhões de anos.

No capitalismo não é pago o valor do objeto (o que poderia ser algo fixo e objetivo, como a energia ou trabalho necessário para produzi-lo), mas o preço (que é variável, dependendo das circunstâncias). As capitalistas fazem algo que acudam aos comunistas: tomam aos montes. Eles não consideram o valor real de coisa alguma. Para uma capitalista consumir um recurso ou um algo escasso e insubstituível não tem importância. Elas vão ao monte, o colhem e quando acaba, acabou. Quem vier atrás que se vire. Não levam em conta as consequências, por mais graves que sejam (crise energética, as alterações climáticas, guerras, fome …). Se é preciso, doa em que doer, e depois vamos ver.

Trabalho Assalariado

Seu trabalho é comprado pelo capitalismo através de salário, mas você sempre é pago em dinheiro por um preço muito mais baixo do que realmente é o valor do que você produz. Para colocá-lo em palavras simples: você produziu um quilo de batatas, e te pagam metade. Como se isso não bastasse, o salário é desvalorizado ao longo do tempo. Se você mantê-lo em casa, no final do ano vai valer muito menos do que era quando você o recebeu. Por que aceitar isso?

Mais-Valia

As capitalistas afirmam que os seus contratos são voluntários e baseados na liberdade de ambas as partes. Mas, diga-me por que você aceita receber menos do que produz, e um objeto simbólico e imaginário que se desvaloriza a cada dia. Se você produzir duas unidades de qualquer coisa, em termos capitalistas estas duas unidades deve ser o seu pagamento, não menos. Se te pagam um, alguém está te roubando. Essa é a minha opinião, e isso pensando em termos de negócios com um pouco de justiça e equidade. Este roubo, esta extorsão, é chamada mais-valia, e representa a ganância-benefício do capital: a pilhagem da pessoa ladra de terno e gravata, multiplicado por muitas pessoas trabalhadoras como exploradas como a tu, resulta naquela fortuna. Então, se você fizer um crediário de dois, deveria retornar dois e não dois anos e meio, que é o que é chamado de taxa de juros ou a usura, a riqueza da banqueira. Total, você sempre entrega mais produto do que recebe, é simples assim.

Teus interesses e os dos capitalistas

Através do salário, a capitalista garante a sua presença no local de trabalho, mas não a sua contribuição, porque o seu interesse objetivo de membro da classe trabalhadora é o de cobrar tudo o que produzir, e isso será sempre antagônico e oposto ao interesse do capitalista, que é que tu cobres o menos possível, já que lucro do capitalista se extrai desse latrocínio. Por isso, você rebelará quando trabalha, de várias formas: fugir, passividade, pequenas sabotagens e roubos, fazer e passar o dia… é normal: estão te enganando …

Também pode fazer o oposto: que se aproveitem de sua criatividade, de sentir a satisfação quando você faz algo útil ou tangível. Não despreze o prazer de um trabalho bem feito como uma fonte de exploração; há trabalhos que você gosta, que parece que fazem um favor dando-lhe o emprego, dando-lhe um emprego e por isso nem deveriam pagar; também se aproveitam do seu lado criativo, do seu entusiasmo. .., para sugar tudo até você se amargurar.

Ante o conflito, se faz necessário para capital um sistema de repressão, meios de controle, estímulo e incentivo, e uma produção de ideologia, a fim de obter o seu consentimento e entusiasmo para diante da injustiça e da loucura. Por que, do que serve uma fábrica com bom planejamento e um mercado, se em uma semana explode uma greve?

Mercado

O lugar onde você compra e vende objetos é o Mercado Capitalista. Não se esqueça também que no sistema capitalista o trabalho assalariado também é uma mercadoria, um objeto a ser comprado e vendido em um mercado particular, o mercado de trabalho. Elas dizem que o Mercado opera sob leis infalíveis com base na oferta e na procura. Dizem também que se houver uma grande quantidade de oferta de trabalho, o preço do trabalho diminui, e vice-versa. O fato é que isso não é uma lei natural.

Para você entender: lei científica é, por exemplo, da Gravitação Universal, que diz que dois corpos se atraem com uma força diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles, tudo multiplicado por uma constante G. Esta lei pode ser simbolizado em uma fórmula matemática, e explica o fenômeno da gravidade e corpos caindo ao chão quando lançados, o movimento das estrelas ou a trajetória de um míssil.

Em vez disso o que oferta e procura é apenas uma generalização, tão científica quanto a afirmação de que se você bater com um martelo na cabeça vai doer muito, ou se você cair, você atingirá o chão, a menos que alguma coisa impeça. Para dizer que as coisas caem se soltas não é uma lei. Estas declarações, amigas, não são leis científicas, porque vemos que a Lua está solta no céu e não cai na Terra.

Não há lei de oferta e de demanda. Chamar isso de lei nada mais é do que uma impostura intelectual, uma fraude. Os capitalistas chamam leis tudo aquilo que estabelecem como normas convenientes a seus interesses.

O funcionamento ideal de mercado que propõe as capitalistas, é aquele que faz ganharem dinheiro. Se estragam seus benefícios, não gostam do Mercado. As trabalhadoras poderiam derrubar a oferta de mão de obra pelo simples recurso de sindicalizarem-se e entrar em greve. Mas isso é visto como injusto pelas capitalistas e é limitado em se associar e trabalhar com base nos direitos das pessoas consumidoras. Em compensação apresentam o fenômeno do desemprego, da escassez de recursos e da angústia gerado por esta situação como muito correto e natural. Ou entendem como muito normal destruir alimentos para redução de sua oferta. Ou fechar um hospital se não ganham dinheiro. Ou perseguir vendedoras de rua. Nesse caso que a consumidora apodreça sem problemas. Você quer aumentar o preço de uma casa e vender por 35 o que realmente valia três? Se sobe o preço, se dá crédito barato e o povo compra. A consequência disso é que sobem os juros e pagarás mais caro o que no final já valia mais… O que fazer com a pessoa que se recusa a trabalhar por uma bagatela? A rua com elas e coloca-se uma outra desempregada que aceite ou alguma pessoas imigrante.

Do mesmo modo te dizem que o Mercado tem que ser livre, que não se deve intervir nele, que o planejamento coletivo é algo nefasto… É o que dizem as mesmas que tem seus movimentos cuidadosamente planejados, os que decidem sobre as vidas e o bem-estar de milhares de pessoas colocando, removendo, saltando, contratando, produzindo, destruindo a produção

Esses que clamam contra o envolvimento das trabalhadoras na economia são as mesmas que quando quebram seus negócios pedem para nacionaliza-los. É incrível quantidade de contradições e inconsistências que podem sair da boca das economistas sem pestanejar, e jogando seus discursos da Universidade com bonés ridículos, fazendo profecias com menos sucesso do que uma vidente de TV às três da manhã, e receber um Nobel nessa área … enquanto as guardas controlam a máfia.

Elas te explicam que o melhor Mercado possível é esse. Um Mercado em que a mais forte e melhor armada prevalece. Predizem que uma comunidade de pessoas livres que planejam sua necessidade de produzir calçados e produzam em base cooperada serão pobres descalços. Isso, dizem as capitalistas, é planejamento comunista, é uma abominação, que é o que leva à miséria. Para ela é que vários indivíduas façam várias sapatarias, compitam, lutem, gastem recursos na luta, arruínem uns aos outros e se enriqueçam alguns escravizando os demais… A isso chamam de liberdade. Essa liberdade capitalista é importante, e pode coexistir pacificamente com uma ditadura militar que lance pessoas dissidentes fechadas em sacos ao mar, com uma prisão cheia de pobres, ou uma Igreja que peça obediência, paciência e paz para os trabalhadoras.

Por fim. Percebes que quem coloca o preço de trabalho é sempre o Capital, graças a seus meios de controle social. Teu interesse básico é que você receba o preço integral de teu trabalho, e que a capitalista obtenha o mínimo de benefício, ou seja, nenhum. Para evitar isso, a capitalista usa dos meios de repressão do Estado e do poder de seu dinheiro.

Consumo e crise

O capitalismo também vende seus produtos no Mercado. Precisam que você compre para manter a produção. Com seu sistema de doutrinação ideológica (publicidade, televisão, emulação de ricos, escola), te criam desejos, te obrigam a trabalhar e se endividar para consumir. De nada serve ter armazéns cheios de mercadorias, se você não comprá-las. E uma vez que você se endivida e enfiado em um espiral de consumo, a sua principal preocupação será a de trabalhar para outra.

Além disso, o mesmo sistema tem uma grande contradição, pois para poder consumir é necessário que te paguem um salário suficiente elevado, e isso não é compatível com o objetivo das empresárias de obter cada vez maiores benefícios. Em consequência recorres ao endividamento, mas isso tem também um limite porque pode chegar a um momento em que não possas devolver o que deves. E isso pode provocar uma queda de consumo e que o sistema entre em crise… Coisa que ocorre ciclicamente.

Evolução, defesa e adaptação do capitalismo

Este sistema absurdo não tem permanecido fixo durante os séculos. Foi se aperfeiçoando com o surgimento do salário. Se desenvolvimento avançou na Grande Revolução de 1789, e do desmantelamento do Antigo Regime feudal pela burguesia capitalista. Quando dizem que uma revolução é uma loucura, recorde que esta burguesia realizou uma revolução muito violenta, exitosa, planetária e duradoura, baseando-se, isso sim, no povo como carne de canhão. A burguesia se apoderou do aparelho estatal vertendo rios de sangue, e o colocou a funcionar em seu beneficio sem nenhuma compaixão.

Estado de bem-estar ou estado de mal estar

Mas as capitalistas no século XIX se deram conta de que estavam matando as populações trabalhadoras. Elas não poderiam conquistar impérios, ou fabricar tecidos com um povo doente com tuberculose, sífilis, desnutrido e famélico. Para isso, no final do século XIX começaram a surgir em benefícios sociais, tais como subsídios com saúde ou seguro por acidentes de trabalho. Primeiro na Alemanha por volta de 1880, e de lá surgiu em outros países do continente para gradualmente formar o que hoje chamamos de Estados de Bem-estar. O mesmo foi para a América nos anos trinta com o New Deal e da Lei de Segurança Social, de forma modesta até a Segunda Guerra Mundial, quando essas politicas se generalizam e se expandem. Mas as classes abastadas tinham protestado violentamente pela pretensão dos governos conservadores de coletar impostos para subsídios e pensões. E temos que reconhecer que foram reacionárias como Bismarck, Lloyd George e Roosevelt que impuseram uma legislação progressista, ainda que agiram sob a constante ameaça dos sindicatos de trabalhadoras que surgiram juntos com os primeiros benefícios sociais, o que mostra que os dois possuem uma relação. Se não fosse pela segurança social, subsídios de desemprego e as pensões por invalides e aposentadoria, provavelmente o Capitalismo desapareceria em uma violenta revolução.

O Capitalismo
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