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REVOLTA-SE PELA LEITURA!
Trecho do ebook:
“Literatura Violenta e Anarquismo
Para evitar mal-entendidos, precisamos primeiro esclarecer nossos termos. Não existe uma teoria de “anarquismo violento”. O anarquismo é uma combinação de doutrinas sociais que têm como base comum a eliminação da autoridade coercitiva, humana sobre humana; e a maioria de seus partidários repudia todas as formas de violência e a considera legítima apenas como uma forma de autodefesa. Mas, como não há uma linha precisa separando defesa e ataque, e como o conceito de defesa pode ser entendido de maneiras muito diversas, aparecem de tempos em tempos atos violentos, cometidos por anarquistas como uma forma de rebelião individual, direcionados contra as vidas de chefes de estado e representantes da classe dominante.
Classificaremos essas manifestações de violência individual como “anarquismo violento”, e isso apenas por conveniência, não porque o nome reflita a realidade. De fato, todos os movimentos políticos, sem exceções, tiveram períodos em que atos violentos de rebelião foram cometidos em seus nomes — geralmente quando esses movimentos se encontravam em um ponto de extrema oposição às instituições políticas ou sociais dominantes. Atualmente, o movimento que se encontra, ou parece se encontrar, na vanguarda e em oposição absoluta às instituições dominantes é o anarquismo; é lógico então que as manifestações de violência contra essas instituições dominantes assumam o nome e certas “características especiais do anarquismo”.” Luigi Fabbri