A revolução industrial precisava e ainda precisa de muita energia e atenção por parte de suas pessoas trabalhadoras, mas como obtê-la, se as pessoas trabalhadoras (pensemos na Europa do século VIII e XIX) em sua maioria viviam embriagadas e com pouca disposição para jornadas de
trabalho extensivas (até hoje não é bem aceita, com toda razão!).
É aí que entra o estimulante sem álcool chamado café, originário da Etiópia e que se difundiu pelo mundo justamente por ser um energético que ajudava as pessoas trabalhadoras ficarem acordadas em suas longas jornadas de 14, 18 horas diárias. Logo se espalhou junto com o crescimento industrial.
Com isso foi necessário grandes produções de café que suprisse as enormes demandas que cresciam muito. O café é um estimulante que causa dependência e o uso excessivo causa diversos problemas, principalmente no sistema nervoso, causando estresse, insônia e problemas estomacais quando usado abusivamente. Lembremos que o Brasil foi e é ainda o maior produtor de café na forma de matéria prima (commodities), oferecendo grandes safras de valor reduzido.
Existe algumas iniciativa de formar uma marca brasileira no exterior, de café brasileiro industrializado no Brasil. Deve-se lembrar que como foi escrito acima, boa parte do café consumido no mundo é de origem do Brasil, mas como é industrializado em outros países, não consegue referência no mercado industrializado. Mas isso pouco nos interessa, já que como no passado, todo o lucro da exportação do café se manteve dentro do grupo dominante, isso não mudou e nossa gente é explorada regada a muito café.
Não pretendemos que parem o consumo de café, mas que ao tomar o próximo cafezinho, entenda que ele ajudou e ajuda no processo de exploração do capital, mantendo as trabalhadoras “energizadas” para a
produção.
É importante entendermos como se deu nossa história e o porque das
coisas, para nossa consciência atual e como alterá-lo.