Ação revolucionária é algo muito importante e deveríamos realizá-las sempre, mas não é o que ocorre.

Muitas pessoas “rebeldes” concentram energias na manutenção do sistema e até em sua reforma, sem sequer tocar nos pontos essenciais das desigualdades sociais e como eliminar tais desigualdades o que levaria a uma proposta de rompimento com o modelo econômico, politico, cultural e social que o mantém.

Contrariamente tais “rebeldes”, em vez de romper manutenção do sistema, o alimenta e o fortalece. Exemplo emblemático disso é o entendimento de que em períodos eleitorais, de fazer campanhas de voto consciente que irão moralizar o sistema e que as “dignas” pessoas signatárias irão causar alterações, reformas importantes para o desenvolvimento da democracia representativa, diminuindo a corrupção reinante. Os partidos institucionais buscam seduzir através de ações cirandeiras, de falas adocicadas, iludir muitas das pessoas consideradas “rebeldes” para o tal “voto útil”.

Surgido dos constantes escândalos de corrupção que pululam nosso país de norte a sul, de leste a oeste, tal movimento encabeçado por cidadãs preocupadas leva em conta que ao se trocar a pessoa politica “corrupta” sicrana do partido W, a pessoa politica “honesta” beltrana do partido Y fará uma boa gestão. Essa equação não é tão simples.

Quando uma pessoa politica assume um mandato, ela não abandona os grupos que a apoiaram na campanha, que são os interesses reais os quais o levou a candidatura. Mesmo que os elementos partidários tenham alguma influência, na medida que tais partidos crescem, deixam as referências teóricas e assumem mais o caráter “pragmático”, a qual podemos vulgarmente entender como “útil” ou “prático”, então por mais que tenha se tornado uma administradora ou legisladora publica com responsabilidades além dos grupos que a apoiam, isso não ocorre, pois a pessoa politica atenderá quase sempre as necessidades e anseios de seus grupos de apoio em primeiro lugar. Pelo voto obrigatório, somos forçadas a entregar, querendo ou não, a responsabilidade da ação politica.

A nossa resistência é a construção de outras forma de politica, direta e com a participação de todas. Dessa forma quebramos os dentes dessa engrenagem que nos quer moer.

Na luta somos dignas e livres!

A manutenção do sistema pelos “rebeldes” ou como o imobilismo crítico mantém as engrenagens moendo nossa gente
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