Mais ebook disponível, clique na imagem para abrir o pdf, boa leitura!

Uma parte do texto:

“Se buscamos descartar as hierarquias entrelaçadas no capitalismo, devemos entender e remover a estrutura supremacista humana de nossa cultura. Escolher ativamente ser antiespecista é a personificação ecológica prática de uma vida pronta e disposta a lutar contra o capitalismo.
Então, como avançamos em direção a uma estrutura de libertação que abranja todos os animais e toda a Terra? Seria possível, hoje, que essa libertação se tornasse uma realidade? Embora seja improvável que a libertação total seja alcançada em uma escala de tempo que pode ser medida em dias, podemos trabalhar em direção a um futuro que garanta que chegaremos lá em algum momento, aumentando a ênfase nas partes da libertação que já são uma realidade — ou próximas a ela. Atrasar esses passos em direção à liberdade seria uma traição à luta pela libertação. Cada dia que escolhemos perpetuar a realidade do especismo é mais um dia em que os animais devem viver sob o peso esmagador do sistema capitalista. O conhecimento dessa luta é o chamado à ação em si — ignorar esse chamado seria apoiar a destruição contínua de vidas, habitats e corpos de animais para nossa própria conveniência ou prazer sádico. Estando conscientes do status dos animais dentro do nosso sistema capitalista como abaixo da classe baixa, como propriedade, vemos que aceitar esse sistema, mesmo que passivamente, é se beneficiar de nossa posição supremacista dentro dele.
Para preparar o mundo para a libertação, devemos estar, nós mesmos, equipados e capazes de operar como iguais em solidariedade com todos os animais e os ecossistemas maiores dos quais fazemos parte. Estar ciente do papel que esses ecossistemas desempenham em nosso próprio futuro e tomar as medidas que pudermos para evitar sua degradação são vitais para nosso futuro compartilhado. Isso significa lutar contra todas e quaisquer tentativas de destruir o meio ambiente por meio de processos e indústrias prejudiciais, e também significa agir com base na filosofia de que a humanidade existe como uma pequena parte de um mundo maior no qual residimos. Devemos escolher agir onde pudermos para impedir a invasão contínua do capital e da indústria nos últimos bastiões da Terra livre que restam. Lutar contra o capitalismo nas últimas fronteiras e substituir o capitalismo onde ele já existe. Podemos reivindicar este mundo dos capitalistas. Para nós e para nossos ecossistemas, evitaremos o ecocídio para o qual o capital tenta nos atrair.” In Veganarquismo. Filosofia, Práxis, Autocrítica.

Veganarquismo. Filosofia, Práxis, Autocrítica
Tags: