Pensar é uma conjunto interno e externo de percepções. Se estimula o pensar através das experiências e vivências que ocorrem com cada ser e grupo de seres. Seria prepotência alegar que uma forma de pensar seja correta ou verdadeira. Os fatos tratados assim nos oferece uma perspectiva, uma realidade feita dessa forma instável e suscetível as nossas angustias, desejos, esperanças e ilusões.

O contexto prático, principalmente quando vinculado a política nos torna vulneráveis a ideologia e essa sempre que pode se disfarça de teoria. Nos leva a crer que para pensar “corretamente” sejam necessários instrumentos considerados conceitos e se estes se articulam de forma “coerente”, temos um sistema, uma teoria.

Essa pretensa teoria se torna o nivelador que tende a repelir tudo que não se enquadre em sua estrutura de coerência conceitual: subjetividades, palpites, aparências, etc. Se omite sobre a possibilidade de que o olhar teórico preconcebido sobre determinada lente “correta” ou “verdade”, possa no fato, estar apenas a refletir borrões na lente.

Uma estrutura social qualquer constrói sua teses e conceitos e nelas depositam sua crença, por verem coerência, ao menos para si, dentro de sua estrutura. Busca teorizar a organização, a sua Organização, mas sempre limitada a sua capacidade de se ver e ao mundo que o cerca e que pretensamente até busca a proposta de um programa, condicionada a sua experiência como corpo social.

Disso simula uma concepção da importância constituir uma teoria que possa atender as suas necessidades de compreensão e percepção de si, sobre o pretexto que a falta disso, remove da organização sua identidade e sentido de sua existência.

Isso leva a conceber uma receita de bolo e cagação de regras para avaliar a história e que se possa gerar as condições necessárias para um processo de mudança. Uma vez calibrado para ver o que ser quer nos fatos, as mais notáveis distorções de conjuntura se apresentam as deslumbradas pessoas que gritam “eureca!” a toda pedra lançada pela “revolta da vez”!

Conforme os olhos se tornam mais turvos aos dogmas gerados, a cegueira social se torna mais ampla e a critica desses olhos sem cristalino reafirma a imaginação fértil que criaram de forma “correta”, uma “verdade”, aparente… como pessoas revolucionárias?

Revolucionário?

O uso do termo dentro de contexto que pretensamente está construído sem nenhuma originalidade aparente, com fundamentos teóricos ultrapassados e que não se sustentam diante das antinomias da sociedade do século XXI é totalmente forçado e sem criatividade.

Teoria…
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