É intrigante essa situação, de que pessoas exploradas, oprimidas se manterem nessa situação. Embora sejam e estejam em uma quantidade enorme, um gigantesco exército de pessoas miseráveis, enfrentando inclusive lutas e batalhas diárias pela própria vida em uma guerra entre grupos distintos, cada qual com seus interesses e anseios, esse grupo gigantesco não se defende de forma organizada.
Um lado está organizado e por isso se mantém sugando toda a vitalidade do mundo, de forma altamente destrutiva, reinando sobre a miserabilidade mundial. E essa organização é feita apesar que esses grupos tenham pensamentos e atitudes diferentes entre si, que superam para manter o controle. Há, sim, nos bastidores intrigas, tombos, traições nas alcovas desse controle de poder. Mas acima de tudo, no geral, procuram manter a organização básica para o seu sucesso dominante.
Por outro lado, ao olharmos mais atentamente para nossa gente explorada e oprimida, ela de forma incipiente e quase sempre sob tutela dos grupos dominante, esboça alguma organização, desde que não afete as estruturas de controle acima esboçada. Se ocorrer alguma deslize na “Matrix”, há processos corretivos que passam da sedução e corrupção até a coerção e repressão. Isso para pessoas oprimidas e exploradas, já fragilizadas, acovardadas pela condição em si, desconfiam de qualquer coisa que as coloque em evidência.
Há o medo de que as coisas podem piorar! E sim, realmente vão!
Porque para os grupos dominantes, a ganância e ambição não possuem freios! A cada geração arquitetam formas de roubarem, explorarem e oprimirem cada vez mais e com mais eficiência a todas as pessoas. Há uma metodologia que garante que realizem “cases de sucesso”, onde apesar de uma estrutura mundial extremamente injusta e excludente, mantêm as pessoas sobre controle pensando como “patrão”, como uma “colaboradora” do sistema, que explora e oprime de uma forma tão humana, que todas são cooptadas para as fileiras dos grupos dominantes, mesmo sendo dominadas.
A Síndrome de Estocolmo define essa situação, onde as pessoas terroristas do grupos empresariais, administrativos, banqueiros, latifundiários e todos os grupos controladores convencem as pessoas exploradas e oprimidas, as reféns dessas estruturas a se manterem dóceis ao sistema, “colaboradoras” desse “case de sucesso”.
Na luta, aprendemos que podemos até ser fortes sozinhas contra o sistema, mas quando nos unimos com outras pessoas nesse processo, nos traz a dignidade de não nos submetermos mais as condições que nos são impostas. Nessa luta, outra lição se apresenta, que isso se torna a chave para abrir as correntes e nos tornar de fato, livres!
Assim, na luta somos dignas e livres!
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