O ano inteiro somos bombardeados por muita propaganda, principalmente que nos influenciam a comprar mais e comprar sempre. As pessoas publicitárias nos vêm como uma massa disforme de zumbis, mas que em vez uma necessidade desmesurada por cérebros, estão atrás das compras e compras. Nos grandes centros de vendas, a massa zumbi se arrasta murmurando:
-Promoção … Promoção…. Comprar… Comprarr…!!!
Esse mercado zumbi não tem freio, não tem limites. Está imerso nessa gana de consumir tudo e todas, sem nenhum respeito, ética ou moral. Não se saciam nunca, nunca param, se endividam sim, parar não.
O Estado em vez de controlar esse impeto consumista, pelo contrário o incentiva e apela até que se cada zumbi não consumir, o país pode ir mais para a crise, o que é uma grande ilusão. A crise tem nome e se chama capitalismo. Ele vive das crises, é sua motivação maior, porque as crises são fontes de grandes recursos emergenciais e desculpas para implementação de programas duros que afetam toda a sociedade. Mas a sociedade zumbificada, pouco entende e pouco importa, tendo o que consumir, é o que basta.
O fato que cada cidadã se torna quando consome sem controle, sem pensar, sem medir, sem criticar, uma ente desprovida de razão e se transforme uma criatura sem nenhum controle. Isso ocorre também nos períodos eleitorais, quando as cidadãs se transformam no sonho de todo partido e político, uma “massa”, uma massa de ovelhas, de gado, que segue para o abatedouro eletrônico das urnas e perdem toda a sua cidadania nesse processo .
Vejamos mais de perto essas consumistas compulsivas.
A qualquer pretexto esdruxulo correm para trocar seu relógio, telefone, sapato, televisão, computador, roupas, livros e qualquer quinquilharia que tenha e que não é mais da moda ou que tenha sido ultrapassada por um modelo mais novo, com algum recurso “exclusivo” e muito importante. A pessoa zumbi consumista começa a sentir uma mal estar visceral que só se é resolvido pela aquisição do “bem” imprescindível para sua vida. Passado um tempo, o ciclo recomeça.
Não, paciente leitora, não estamos fazendo apologia de uma vida simplória a lá comunidade “Amish” (grupos religiosos fechados que não aceitam nenhuma modernidade e isso inclui energia elétrica e afins). O que pretendemos aqui é chamar a atenção de como somos afetadas por uma produção em massa, nos deixa refém desse processo e que é importante romper. Ser consumista zumbi é ser oprimida e explorada, mantendo o sistema funcionando e se ele se mantiver na forma que está, teremos grandes problemas porque a massa de zumbis no mundo está em mais de 8 bilhões e tende a crescer. Não podemos negar isso e nem que boa parte de nossa gente, apesar de todo apelo consumista, não está bem ou tendo suas necessidades atendidas e estão com péssima qualidade de vida. Boa parte, por uma péssima alimentação industrializada e artificial, está com a saúde comprometida.
É um paradoxo total essa situação, pois a propaganda alude que estaremos bem e satisfeitos consumindo isso ou aquilo e isso não ocorre, levando-as a buscar sempre mais, mas que nunca sentimos saciadas.
Por isso antes de consumir algo na próxima vez, se pergunte se ainda conter um cérebro:
-Isso é para meu consumo ou para me consumir?
E não se assuste se sua face estiver com a aparência daqueles mortos-vivos dos filmes e seriados. O grave é que aquilo é ficção e maquiagem, mas sua aparência sem cérebro na vitrine não, uma gentileza das propagandas de consumo compulsivo 24h.