
Ambas as comunidades possuem arraigadas tradições de paz, mas a carnificina está correndo solta, contradizendo seus desejos retóricos de ambas as culturas, sacrificando milhares de vidas, vítimas de estados que realmente não ligam para as vidas de quem não sejam de seu povo escolhido por um suposto deus vingativo.
Uma escalada de ódio e intolerância, acobertadas com diversos Shalom e Salaam Aleikum (como nos Acordos de Camp David (1978), Acordos de Oslo (1993-1995), Tratado de Paz Israel-Jordânia (1994) e outros que acabaram infelizmente em nada, sabotados em muitas vezes por invasões de colonos judeus aproveitando de suas costas quentes, EUA) . Lembremos que são saudações que sugerem paz, mas que não duram nada com as bombas voando de um lado para o outro.
Longe de amor e respeito, milhares de crianças, mulheres e pessoas idosas têm perdido parte do corpo e a vida na Faixa de Gaza, sobre a complacência de quase todos os estados, que contraditoriamente reconhecem um estado palestino, que se em um futuro voltar a existir, será um estado fantasma, destruído por um outro estado de outras vitimas de uma tentativa de genocídio, que poderiam mostrar na prática o que significa o conceito de Shalon, ou esse é o significado: paz eterna pela morte de quem não pertence a mesma religião?!
Sabemos que a intolerância religiosa já existiu e perseguiu milhões de pessoas, que culturas foram aniquiladas e escravizadas. Nos surpreende, mas nem tanto, é que com as condições de avanços de conhecimento, tenhamos que vivenciar mais um extermínio de uma cultura por outra, de uma população (palestinos) que não possuem recursos e estão a mercê de um Shalon vazio de significado a cada bomba que cai e mata pessoas, que supostamente alegam serem terroristas, terroristas por estarem vivas a cada despejo de Shalon abençoados (bombas entenda-se) que abalam e destroem as estruturas de hospitais, escolas e mesquitas, destruindo a cada dia qualquer significado que de paz e esperança que poderia ter um desejo de fato de paz (Shalon?)
Ambos não desejam o mesmo: que o outro viva em segurança e harmonia? As palavras “Shalom” e “Salaam” sempre aparecem como símbolos em acordos. Israel conseguiu paz formal com alguns vizinhos (Egito, Jordânia), mas não com os palestinos.
A esperança expressa nessas palavras foi interrompida pela violência, desconfiança e extremismo de ambos os lados, mas principalmente pela desigualdade de forças entre Israel e Palestina. O estado de Israel avançou e ocupou territórios palestinos a cada incidente ocorrido, a cada Shalon prometido mas não comprido nesses mais de 70 anos de sionismo, enquanto a população palestina era expulsa de sua terra natal e como se não fosse o suficiente, em um processo permanente de aniquilamento étnico, cultural e físico.
É passado o tempo que toda a humanidade que não concorda com o horror que ocorre com o povo palestino, de contribuir para que Shalon e Salaam Aleikum voltem a ter um real significado de paz entre todas pessoas, mesmo que essas pessoas não façam parte de suas crenças.