Chamemos a atenção que a liberdade de expressão não será prejudicada se for estipulado entre as pessoas participantes um conjunto de regras, uma base de comum acordo para que se possa criar uma zona de conforto de ação e um dispositivo de barrar, não a liberdade, mas aquelas pessoas que não querem liberdade nenhuma e se aproveitam de nossos espaços para difundir suas ideias de ódio, preconceito e discriminação.
Não serão bem vindas, pois a liberdade de expressão se dá com quem contribui para sua construção e manutenção e não para quem quer usar de má fé para difundir conceitos totalitários e querem promover a destruição da plena liberdade e pregam a manutenção da escravidão da pseudo-democracia, do capitalismo e das pessoas tiranas e ditadoras que sugam a sociedade e nossa gente.
Vemos com frequência confusões em grupos e coletivos sobre esse ponto e alguns casos chegam a defender que nacionalistas, pessoas autoritárias possam expor seus “belos ideais” e que se não aceitarmos, seremos as intolerantes, invertendo de forma sacana a relação de oprimida/opressora. Parece mas não é, isso não ocorre nos espaços nacionalistas e autoritárias e se algum espaço ocorrer para pessoas anarquistas, será para depois sermos perseguidas e atacadas, pois nunca nos trataram como iguais e não será agora. Nossas poucas instâncias de ação, deliberação e organização não podem abrir espaços para que as inimigas possam se infiltrar e promover uma confusão a ponto de levar-nos à destruição.
Nossos espaços devem promover a liberdade de expressão de quem defende e luta pelo fim da exploração e opressão de toda humanidade e do planeta, tudo que é averso a isso deve ser denunciado, combatido e removido de nosso meio. Temos tido divertidas discussões sobre o anarco-capitalismo, realmente algo muito curioso e totalmente desprovido de sentido, já que existe o conceito liberal que significa justamente os preceitos desse tal anarco-capitalismo, que seguindo o que foi escrito anteriormente, não tem como ser ou ter espaço em meios anarquistas, já que na premissa de manter o capitalismo como elemento chave econômico, mas o capitalismo é predatório, parasita, resumindo: opressor e explorador.
Não há como abrir espaço para algo que promove a desigualdade, a exploração e opressão.