Ação revolucionária é muito importante, de realização constante.
Mas não é o que ocorre.
Muitas pessoas que se consideram “rebeldes” concentram suas energias na manutenção do sistema e até na reforma do sistema opressor e explorador, sem sequer tocar nos pontos essenciais das desigualdades sociais e como eliminar tais desigualdades, o que levaria a uma proposta de rompimento profundo com o modelo econômico, político, cultural e social que o mantém.
Supostas pessoas “rebeldes”, em vez de romper com a manutenção do sistema, o alimenta e o fortalece.
Exemplo emblemático disso é o entendimento de que nesse ano ao fazer campanhas de voto consciente, irão moralizar o sistema e que as pessoas “dignas” signatárias irão causar alterações, reformas importantes para o desenvolvimento da democracia representativa, diminuindo a corrupção reinante.
Surgido dos constantes escândalos de corrupção que pululam nosso país de norte a sul, de leste a oeste de esquerda a direita, tal movimento encabeçado por pessoas cidadãs preocupadas leva em conta que ao se trocar a pessoa política “corrupta” sicrana, a pessoa política “honesta” beltrana fará uma boa gestão.
Essa equação não é tão simples assim!
Quando uma pessoa política assume um mandato, ela não abandona os grupos que o apoiaram na campanha, que são os interesses reais e os quais o levou a candidatura.
Mesmo que os elementos partidários tenham alguma influência, na medida que tais partidos crescem, deixam as referências teóricas e assumem mais o caráter “pragmático”, a qual podemos vulgarmente entender como “útil” ou “prático”, então por mais que tenha se tornado uma administradora ou legisladora com responsabilidades além dos grupos que a apoiaram, isso não ocorre, pois a política atende quase sempre as necessidades e anseios de seus grupos de apoio em primeiro lugar, a qual deve obediência servil.
Mas para a opinião pública isso não é algo que se deva defender, embora alguns grupos que nem deveriam existir possuem grande representatividade como é o caso da indústria das armas, dos grandes grupos latifundiários e agropecuários, das religiões que exploram suas pessoas devotas através de mentiras divinas. As causas que essas políticas servem são contrárias às necessidades básicas das pessoas oprimidas e exploradas.
Reformas são caminhos lentos que não levam em conta as necessidades urgentes de nossa gente que sofre nas cidades e nos campos. É necessário ultrapassar a rebeldia rasa e superficial e ir aprofundar em ações revolucionárias, ou seja, de uma rebeldia superficial, reformista e hipster para uma um processo revolucionário cada vez mais destruidor de todos os obstáculos que proibem de nossa gente ser o que ela quiser ser, livre e ter suas necessidades básicas atendidas, coisa que da forma que se está aqui nas terras brasilianas, não ocorre para todas as pessoas.
Na luta somos dignas e livres!

Como a rebeldia superficial mantém o sistema funcionando ou como o imobilismo crítico mantém as engrenagens moendo nossa gente explorada e oprimida
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