O anarquismo ecológico, também chamado de anarquismo verde, é uma vertente ( e não corrente, que é para prender e segurar… grupos autoritários adoram!) dentro do pensamento anarquista onde a relação entre sociedade e natureza é central para a crítica e proposta de transformação social.

Parte da ideia de que a dominação da natureza está diretamente ligada à dominação social — isto é, o modo como exploramos o meio ambiente reflete e reforça as estruturas hierárquicas, autoritárias e capitalistas da sociedade.

Podemos compreender que há algumas possibilidades de ação. O anarquismo ecológico busca harmonia entre seres humanos e natureza, defendendo uma reorganização social baseada na autogestão, descentralização e sustentabilidade.

O principal teórico é Murray Bookchin, fundador da ecologia social. Ele argumentava que a crise ecológica não é apenas ambiental, mas social — nascida da hierarquia, do patriarcado e da exploração econômica.
Seu ideal é uma sociedade ecológica libertária, organizada em comunas autogeridas, democráticas e ecologicamente integradas.

Busca o fim da exploração tanto do homem pelo homem quanto da natureza pelo homem. Se estrutura a produção local e comunitária, voltada às necessidades reais e com a tecnologia apropriada e sustentável, de forma aliar o conhecimento humano para interagir de forma harmônica com a natureza da qual somos parte.

Bookchin diferenciava sua proposta da ecologia “profunda” (deep ecology), criticando-a por ser mística e despolitizada, e insistia que a libertação ecológica exige também a abolição das hierarquias humanas.

Por outro lado, o anarco-primitivismo, representado por pensadores como John Zerzan, leva essa crítica a um nível mais radical. Ele considera que a própria civilização, com sua tecnologia e agricultura, é a origem da alienação e da desigualdade. Assim, propõe um retorno a modos de vida simples e comunitários, semelhantes aos de caçadores-coletores, nos quais não existiriam hierarquias nem exploração da natureza.

Enquanto o anarquismo ecológico busca reconstruir a sociedade de maneira sustentável, o primitivismo aposta na negação total da civilização industrial. Ambas as vertentes, porém, compartilham a visão de que a libertação humana depende da reconciliação com o meio ambiente.

Na luta, somos dignas e livres!

Anarquismo ecológico, verde e primitivo
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