O capitalismo não é um conceito econômico homogêneo e uniformemente aplicado em todo o planeta, embora exista uma tendência grande para práticas globais, aceleradas pelas mudanças tecnológicas dos últimos 30 anos. Há por volta de 193 países atualmente (no ano deste escrito, 2022) e cada um deles possuem suas características próprias.
Uma das maiores marcas do capitalismo, é sua capacidade de adaptação e rotatividade. O capital não é um tesouro inerte e isolado, mas um fomentador de produção, de qualquer produção, seja útil ou inútil,
O capital, como toda concepção feita por pessoas, pode ser um recurso de desenvolvimento coletivo, usado para satisfação coletiva ou um agente voraz que destrói tudo em seu caminho, em busca da maior lucratividade possível. Tudo que gira em torno do capital é para mantê-lo e aumentá-lo infinitamente até um ponto de colapso. Olhando para o planeta a partir desse conceito, é perceptível que uma espiral ciclônica que arrasta e destrói tudo em seu caminho.
Neste processo, a concentração de riqueza tem sido uma constante mesmo que transite no jogo sinistro de resta um realizado pelos pequenos grupos poderosos pelo mundo. Neste quesito que este minúsculo texto aponta.
A experiência e observação aqui na América do Sul, principalmente quando há uma necessidade de transformação e mudança que vise algo menos pior, se não atende aos critérios dos grupos de poder e a manutenção de seus privilégios, ela não ocorre.
Como um exemplo a isso, temos conhecimentos e estudos científicos mostrando que as florestas e matas não são mais um obstáculo para produção seja de comida, remédios, produtos de baixo impacto ambiental entre outras coisas. O mais lógico seria fomentar esses caminhos sustentáveis, mantendo as matas e florestas de pé, com grandes áreas de preservação e conservação. Mas qual não é a nossa surpresa que uma parte considerável das pessoas e grupos que possuem as condições para efetuar essa virada ambiental, são contrárias aos programas de conservação e pesquisas para desenvolvimento sustentável dos biomas e seu uso racional. O que acontece?
Uma resposta simples é a possível perda de controle por parte desses grupos e pessoas. Suas estruturas de controle e poder foram fundadas na exploração e centralização, por gerações, através dos processos de produção que devastam terras, destroem as matas, poluem as águas, e uma vez esgotados os recursos, se avançam para novas terras, porque é muito caro e oneroso recuperar o que foi devastado e isso fere a regra do capital que acima citamos, de lucro rápido e imediato. Desta forma, é muito difícil que esses grupos e pessoas, possam mudar essa compreensão.
A ganância e ambição mantém a estrutura de poder e da desigualdade social.