O exercício de compreensão com quem nos é diferente é um grande desafio.

Mas não podemos por conta disso, enxergar da mesma forma a indústria da carne.

É algo perigosamente danoso para causa vegana. Essa causa é um processo de ruptura com a cultura de extermínio em série dos animais. Como pessoas anarquistas veganas, isso ainda não resolve a questão da exploração e opressão das pessoas, como seres vivos que pertencem a cadeia de produção industrial da carne e não deixarão de serem exploradas e oprimidas se essa mudar sua matéria prima, no caso as carnes de milhões de animais.

As novas pessoas ativistas possuem iniciativa, energia e se engajam principalmente para ação direta, principalmente contra a indústria da carne que é culpada pelo assassinato de milhões de seres vivos, um fato que não podemos negar e nem nos iludir por um discurso moderado e estratégico.

Sim, é imperativo a ação e toda ação, individual e coletiva conta!

Se há a possibilidade de algum tipo de diálogo, que seja feito, mas não podemos transformar isso na única forma estratégica de ação. Propor diálogos com o inimigo, a fim de sua sensibilização, forma de amenizar o veganismo que propõe a abolição da opressão e exploração animal da forma direta.

A construção de pontes sobre abismos é possível, mas não podemos abrir mão da luta direta porque estamos diante de uma indústria que nunca ligou para nossa opinião e que agora, porque há uma “moda” só nutricional do veganismo, querem uma fatia desse mercado, apresentando produtos alternativos para consumo hipster.

Construir e destruir!

A indústria da carne é uma vilã, violenta e sanguinária!
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