Nós, mulheres, cada vez mais conscientes que somos oprimidas e exploradas dentro da sociedade patriarcal, que somos caladas de nossas vozes e expressar nossa opressão. No momento atual, como mulheres no movimento anarquista, ampliamos nossa ciência de que somos pessoas oprimidas e exploradas até entre nossos compas; levantamos nossas cabeças e discutimos entre irmãs, entre outras pessoas também vítimas da mesma opressão, na construção da luta e resistência contra este quadro. Uma construção não só contra o machismo, mas contra uma sociedade alicerçada no patriarcado, em valores baseados na exploração, na escravidão moderna chamada capital.

Buscamos espaços onde possamos apresentar e vivenciar nossa cultura e nosso potencial, sufocado pelo patriarcado. É um processo de trabalho contínuo e coletivo, onde expomos o que queremos e como fazer, ação direta e autogestão. Desenvolvemos nosso feminismo de fato e não o feminismo imposto pela sociedade machista. O machismo impõe regras de beleza, estética, de comportamento, de maternidade obrigatória etc… tudo isso não são “naturais” como aparentam. E isso tudo somos nós mesmas que temos que trocar, mudar, questionar e abolir. Não há como transferir essa luta para ninguém mais! 

A união das mulheres é obra das próprias mulheres!

Novas condutas e novos olhares de mundo com novas relações realmente recíprocas, base para uma atuação direta e autônoma, em espaços que nos acolham como irmãs de luta!

Há as pessoas que torcem o nariz ou que misturam as lutas, não compreendem a base da anarquia está em cada pessoa e uma transformação profunda, uma revolução está começa em cada pessoa. Cada frente de luta exerce a pressão necessária, cada avanço de cada uma das diversas lutas garante o avanço de todas e base para ampliar cada vez mais a nossa emancipação.

Não seremos mais caladas e invisibilizadas, lutaremos e avançaremos apesar das oposições, das calúnias e injúrias que destilam contra todas nós. 

Estamos aqui e pronto! 

Praticamos a anarquia no dia a dia, não somos anarcologas de faculdade. Não é com meia dúzia de mulheres em cargos de poder que a opressão e exploração contras as mulheres nos campos e nas cidades deixarão de existir, já nos dizia nossa antiga irmã. 

Se a possibilidade de que nós, mulheres, assumirmos a nossa luta assusta… que se assustem! Nossa ação, nossa arte, nossa poesia, nossa forma de lutar estará livremente em todos os lugares, sem pedir licenças!

Na luta somos dignas e livres!

Anarcafeministas, quem somos?
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