Há uma tendência muito forte entre as pessoas anárquicas para um individualismo focado em cada pessoa e sua relação com a sociedade. O que em muitas vezes há uma percepção exagerada da importância do ego, desprezando completamente todo o em torno dessas pessoas, um egoísmo muito mais misantropo (ódio e desprezo ao social) do que niilista(rejeição de valores tradicionais, ceticismo em relação à verdade absoluta e descrença no propósito da vida). Foi e é observável em meios anarquistas a manifestação dessas formas individualizadas de ação.
Para a anarquia, como para qualquer forma de pensar, idealizar ou mesmo delirar, há conceitos essenciais que levam a atitudes opostas como a questão religiosa, para muitas a instituição religiosa deve ser combatida enquanto elemento de controle, exploração e opressão social e individual e em contrapartida para outras pessoas anarquistas religiosas (cristãs e budistas), a religião tem um papel de apoio a emancipação de todas e é verdade que as comunidades de perfil mais libertárias tinham amiúde antecedentes ou bases religiosas.
Entre muitas pessoas anarquistas é comum a condenação da violência enquanto agente de controle do autoritarismo, ao mesmo tempo que outras pessoas entendem a violência como elemento de ruptura das estruturas de poder, como arma essencial na luta contra a força armada do Estado.
Houve um tempo que não bastava só falar bonito e escrever de forma primorosa, constituir grupos de afinidade, para muitas pessoas anarquistas é preciso ir além, a propaganda pela ação, muitas de enorme impacto social (assassinatos de pessoas da nobreza, das patronais, das instituições de repressão e entre tantas exploradoras e opressoras). Buscavam uma adesão à causa revolucionária ao mostrar que os grupos poderosos sangravam e morriam e também tinham medo do povo oprimido e explorado.
Para reflexão de todas as interessadas é o fato de que somos seres sociais e nossas ações são dadas pelos relacionamentos que estabelecemos ou não somado com as demais ações das demais outras pessoas que não você. Não queremos ser exploradas e nem exploradas, mas podemos por isso, explorar e oprimir as outras pessoas?
É claro que não!
Na luta somos dignas e livres!
Autor: LoBo. anarkio.net.